Cédulas de R$100 sendo descartadas no lixo. Diariamente.
Com as margens cada vez mais apertadas, mercado escasso e competição em demasia, enxergar as perdas está determinando a vida ou morte de cada empresa. Estudos da Fundação Instituto de Administração da USP admitem que as perdas diversas em empresas de comércio girem em torno de 2% do faturamento. E não é pouco.
Uma loja que fature R$200 mil por ano (pouco mais de R$16mil mensais) está perdendo R$4 mil, todos os anos. É como se todos os meses o empresário pegasse três notas e meia de R$100 e jogasse no lixo.
As perdas, de acordo com LUZ, PRADO e MERLO (2010), têm algumas origens mais recorrentes, que seriam:
“Furto Interno: ações praticadas dentro da loja por fornecedores ou funcionários, que omitem o registro da mercadoria;
Furto Externo: ações praticadas dentro da loja por clientes, que omitem o registro da mercadoria;
Quebra Operacional: divergência geradas por meio operações não registradas;
Erro Administrativo: divergências geradas nos controles e estoques por meio da ação de colaboradores;
Fornecedor: erro cometido pelo varejista por meio da influência de ações dos fornecedores.” ¹
Ainda de acordo com o estudo, é no setor de perecíveis que as perdas são maiores, sendo que “os proprietários estimam que entre 15% a 20% do que é comercializado nestes dois setores são perdidos devido a deficiência no processo ou a problemas internos e externos” (LUZ et al, 2010). Se algumas perdas são inevitáveis, é preciso auditar sempre, para computar esses prejuízos.
Detectar distorções, enquanto são pequenos vazamentos, é primordial para manter a competitividade e a saúde da empresa. Isso pode ser feito mantendo os controles diários da empresa e os verificando se possível mais de uma vez por dia. Além do rigor de computar todas as entradas de mercadorias, vendas e movimentações financeiras, requer que o empresário tenha um painel de indicadores disponível, em tempo real.
Outra rotina importante é o inventário rotativo. Não é preciso parar uma empresa, fechar as portas e recontar todos os estoques. Basta fazer com frequência contagens parciais, dos itens mais críticos ou visados, que são aqueles com maior liquidez comercial (fáceis de vender), de maior valor, de menor porte, de maior ou menor giro etc. Tudo depende do perfil de cada empresa. Os autores reiteram, além das medidas de segurança patrimonial e conservação de equipamentos (ex.: geladeiras e freezers em locais de perecíveis), a necessidade de “utilização de sistema de informação para controle dos estoques” (LUZ et al, 2010).
É preciso zelar e prevenir sempre. De acordo com o SEBRAE (2014) “o principal motivo para ter fechado a empresa é a falta de capital ou lucro, na visão dos empreendedores“² e a falta de lucro pode muito bem advir de perdas não percebidas.
Aproveite essas informações para considerar o uso de um bom sistema administrativo para seus negócios: NuvemERP.
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Fontes:
(1) http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_sto_113_746_17144.pdf
(2) https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Pesquisas/causa_mortis_2014.pdf